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     Os assassinatos de políticos no estado do Rio de Janeiro, em especial na cidade de Magé, na baixada Fluminense, já vem promovendo à tempos a estrutura de uma política antidemocrática, a mesma que é imposta nas favelas, a política do ficar quieto, do calar-se diante as promessas não cumpridas por parte dos políticos, onde os populares não podem sequer pedir para que se tape um buraco na porta de sua casa. O assassinato do vereador de Magé, Geraldo Gerpe, no estacionamento da Câmara municipal daquela cidade é a etapa mais profunda na intensificação, ousadia e certeza de impunidade, alem do deboche, é claro…

     Alguns cientistas políticos dizem que herdamos essa prática do Brasil colônia, o que eu acredito que não é assim, mas quem sou eu para desdizer uma opinião de um cientista político, para mim o problema está na prática de uma política mentirosa, onde acreditamos nas promessas e falácias de nossos políticos, aí quando aparecem salvadores da pátria, estejam na política ou fora dela, que mostram a atual situação em que nos encontramos, seja na esfera municipal, estadual ou federal, morrem. Outros atribuem, já em um ambiente mais abrangente o fato de que algumas mortes, como a da vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, o fato de ela defender as minorias, mas o fato é que tanto ela quanto Geraldão  ou Paulo Teixeira o P-9, em Magé, trazem o medo, mesmo sem a certeza de sabermos se os crimes foram políticos ou não.

     A crescente onda de tráfico de drogas, execução sumária e as mais diferentes práticas de roubo, alem das milicias, abre uma etapa mais profunda na intensificação, ousadia e certeza de impunidade destes grupos, revelando a fragilidade e vulnerabilidade à qual a sociedade em geral, principalmente os que se contrapõem aos interesses destes grupos, estão expostos. O terror e o medo são potencialidades numa nova etapa. Há uma clara mensagem a todos os que lutam pelos direitos humanos ou humanos direitos, que é o “medo”.

     A impotência é nítida, mas isso não vem de agora e sim por força da própria democracia que faz com que o Estado fique capenga, pior ainda são os políticos que estão engajados em direito das minorias, fazendo com que todos queiram ser aquilo que não são, pois na verdade somos todos seres humanos e brasileiros, não importando a raça, cor, etnia, religião ou opção sexual, como eu disse somos todos brasileiros e todos queremos um lugar ao sol. Na outra ponta está as polícia militar e civil que ao longo desse tempo perdeu força e moral para combater o crime, mas a quem chamar quando estamos acuados, ou precisando de proteção, não é a polícia que temos que chamar…?! Ainda assim existem correntes políticas que querem acabar com as polícias ao invés de reestrutura-las, sinal de que algo está errado.

     O recado que vem desses criminosos diz claramente que não vão ceder nenhum milímetro. Dão um recado de que eliminarão qualquer um que se contraponha a eles. Identificam os alvos mais frágeis, mas confrontam quem também está de posse de formas de poder que se contrapõem a eles de maneira mais organizada, assim como parlamentares, podemos citar Geraldão ou Mariele, que estão mais recentes e em nossas mentes. Alguns acham que criamos o monstro e agora não sabemos o que fazer com ele, mas é claro que esses que assim pensam estão enganados em achar que o monstro é a polícia, pior de tudo isso, é o crescimento dos que apoiam o monstro, de forma explícita e escancarada.

     A intervenção não pode ser só militar, tem que ser militar, moral e cívica e a tolerância “para o momento” tem que ser zero.

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