No Brasil temos 35 partidos políticos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que faturaram mais de R$260 milhões com o Fundo Partidário apenas nos primeiros quatro meses do ano e garantiram mais de R$2 bilhões para nadar em dinheiro (público) nas eleições. O que é um absurdo.
O PT ainda tem a maior fatia do Fundo Partidário porque a divisão se baseia na eleição de 2014 e não no pífio resultado de 2016
PSDB (R$28,5 milhões) e o MDB de Temer (R$27,7 milhões) completam o trio que mais recebe dinheiro do Fundo Partidário.
Os 10 maiores partidos vão receber 73% do valor do fundão eleitoral e a tendência será manter a enorme diferença entre grandes e os pequenos partidos.
O que observamos é que os políticos não querem de maneira alguma acabar com o excesso de partidos, mas podemos observar que existe uma corrente para que haja o debate acerca das candidaturas avulsas (independentes), que seria relacionado a não necessidade de um postulante a algum cargo se filiar a um partido político para concorrer as eleições. Atualmente, no Brasil, a constituição de 1988, no artigo 14, especifica a necessidade da filiação partidária. Na minha opinião é justíssimo, pois se formos às ruas e perguntarmos aos eleitores em quem ele vota ele vai dizer que vota no candidato e não no partido, sendo assim o partido na verdade é obsoleto, mas diante aos parágrafos acima, eles servem para captar grana.
Mas, aqueles que defendem as candidaturas independentes, a Convenção Americana de Direitos Humanos, popularmente conhecida como Pacto de São José da Costa Rica, pode criar precedente para os candidatos sem filiação. Em 2016, o pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Rodrigo Mezzomo, tentou concorrer as eleições de forma independente. Porém, foi impedido pela justiça de participar. O político, então, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não decidiu sobre a legalidade desta forma de participação nos pleitos. Ainda assim, a decisão da corte pode mudar a forma que as eleições são feitas no país.
Esse negócio de fundo partidário também deveria acabar, afinal só esse ano serão gastos com esse fundo para os partidos R$2 bilhões, enquanto isso os corredores dos hospitais estão cheios.