Quatro dias foi o tempo que durou o impesse entre o governo Temer e a greve dos caminhoneiros que fechou rodovias e parou a nação, mas é claro que por uma simples razão, o alto preço do diesel.
Mas não foi só o diesel que foi negociado, na boléia da negociação entrou também as condições de zerar a CIDE sobre o preço do combustível, manter por 30 dias a redução de 10% no preço do diesel na refinaria e esperar pelo menos um mês para cada novo aumento, encerrar processos contra sindicatos, além é claro do não pagamento ou redução do pedágio quando o caminhão estiver vazio.
O governo Temer mostra sua fragilidade, sua falta de comando, aceitando ou dando aos grevistas o que eles querem sem a contra-partida prévia, ou seja, antes do fim da greve, abrindo assim espaço para que outras classes trabalhistas façam o mesmo.
Os principais veículos de comunicação dizem que a iniciativa privada está por trás dos grevistas, pode até ser, de certo, o que vimos foi o governo de joelhos diante ao erro criado por ele mesmo ao longo de décadas, pois deixou de investir em ferrovias e hidrovias e investiu excessivamente em rodovias, hoje está refén dos pneus. Se os caminhões voltarem a rodar o que se espera é a volta da normalidade, principalmente de abastecimento do comércio, não só de combustíveis, mas de gêneros alimentícios, pois os supermercados e feiras livres já estavam sentindo os reflexos de uma crise que vem se arrastando por mais ou menos tres anos, com os desmandos do PT e agora com a fragilidade do governo Temer.
O próximo presidente estará bem enrolado.
EM TEMPO: Até as 6:00hs da manhã de hoje os caminhões ainda não andaram.