Com o avanço do calendário político-eleitoral a sensação de mal estar vai tomando conta dos eleitores e os políticos de carreira começam a emitir sinais claros de desespero. Todos os relatos indicam que o Palácio do Planalto não comanda mais nada e os candidatos que deveriam ser a consumação continuada da aventura irresponsável deflagrada em 2016 não decolam nas pesquisas. Lula, mesmo preso e impedido de participar da campanha, se firma e cresce na liderança isolada da preferência popular. Isso segundo as pesquisas que são pagas e induzem o cidadão em sua grande maioria ignorante ou digamos, analfabeto funcional, a votar ou pelo menos dizer que votará em um presidiário. Se for candidato a crise institucional que já está evidente se transformará em caos institucional, aí só JESUS na causa.
A partir de agora, quase ninguém se interessa em assumir a paternidade do austericídio e das perversidades perpetradas contra a maioria do povo brasileiro. A herança maldita da política econômica levada a cabo desde 2015 pode ser identificada na tragédia social do desemprego de mais de 13 milhões de pessoas e de quase 30 milhões em condições de não trabalho, mas os esquerdistas insistem em não falar a respeito da LAVA-JATO que desbaratou o maior esquema de propinoduto, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e apadrinhamento da bandidagem institucionalizada. Esse quadro devastador da política de cortes generalizados nas despesas de programas sociais do governo está fazendo com que o Brasil recue algumas décadas em apenas 2 anos nos programas sociais. A desindustrialização se aprofunda e o ritmo de falência das empresas parece não ter fim.
Dizem, os entendidos, que o financismo chegou a lançar mão de algumas tentativas destrambelhadas. Mas me pçarece que destranbelhado mesmo foi o PT e seus partidos satélites de esquerda que ao longo do tempo em que ficou no poder… Já a direita, agora, com a ideia de buscar algum candidato considerado como “não político”, de fácil aceitação popular e sobre o qual eles ainda pudessem exercer algum tipo de domínio. Como bem se sabe, nada disso deu certo. Até parece coisa de amador. E não me digam que não tentaram pois dois nomes estavam sendo cogitados, mas graças aos DEUSES da política, desistiram, Luciano Huck e Joaquim Barbosa.
Por outro lado, a radicalização política e ideológica provocada pelas forças “liberais” ou esquerdopatas ao longo dos últimos 16 anos acabou por escapar ao controle dos partidos mais tradicionais e é aí que surge a direita. O clima de intolerância e ódio foi fomentado pelo núcleo articulado do petismo e aliados contra os que haviam tido derrotado seus candidatos nas urnas. Os vencedores ficaram com medo dos vencidos. No final, um dos resultados desse fenômeno pode ser percebido no crescimento da candidatura de Jair Bolsonaro. Ocorre que o mix de deputado federal, líder evangélico e capitão reformado do EXÉRCITO BRASILEIRO não obedece mais aos ditames da elegância e da suposta sofisticação de alguns dos candidatos a presidência da República. Bem feito…! Polarizaram com o “nós contra eles” e agora o capitão poderá ganhar a eleição e se ganhar…
A base política e eleitoral insuflada pelo doutrinarismo contra qualquer proposta que tenha o menor elemento de natureza social ou de solidariedade não deixa mais espaço para conciliadores ou oportunistas e isso está bem claro. Agora é tudo na paulada! Assim, aos olhos dessa criação forjada pelo discurso do PSDB e do PFL/DEM, isso para os petistas, o mais autêntico defensor dessa postura extremista é Bolsonaro? É claro que não! É a população de bem que paga seus impostos e está cansada de ser refén de bandidos e de ver nos noticiários bandidos de colarinho branco a todo momento. Os grandes meios de comunicação acabaram sendo engolidos pelo discurso que tanto reproduziram e amplificaram. Por fim estão perdendo espaço para as redes sociais que fala e mostra a reaslidade sem edição.
O candidato defensor da tortura e da pena de morte, tem o apoio popular na atualidade. Uma loucura…?! Como pedir voto para Bolsonaro talvez ainda seja considerado um exagero, os editores resolvem dizer que o País seria comandado de fato por um economista, bastante conhecido por suas propostas conservadoras e ortodoxas para solucionar os problemas do País. Algo na linha do perigoso mantra que já se ouve à boca pequena no mundo da finança: “Não sinta a sua consciência pesada por votar em Bolsonaro. Ligue não. Isso é apenas um detalhe. Nosso homem de confiança é que estará no comando”.
De tantas ideias escandalosas e preconceituosas, para os esquerdopatas e sindicalistas de plantão, ditas pelo assessor do candidato do PSL, aquela que mais deve preocupar as forças “progressistas” refere-se à privatização das empresas estatais. Paulo Guedes é inteligente e bem preparado. Concluiu seu doutorado em economia na Universidade de Chicago, o berço do ultraliberalismo monetarista de Milton Friedman e já trabalhou, inclusive, elaborando políticas públicas para os governos militares da sangrenta ditadura chilena na década de 1970. Para além da agenda conservadora do ajuste fiscal rigoroso, Guedes vem com o foco central do conhecido e ainda não executado ESTADO MINIMO.
Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Eletrobrás, Correios e tudo o mais; não haverá folga para nenhuma empresa estatal. Segundo o economista “não há limites”. Todas as empresas governamentais – tanto as públicas quanto as de economia mista – serão vendidas. O mesmo destino será dado aos mais de 700 mil imóveis da União. Os arranjos para concessões de serviços públicos em logística e infraestrutura seguirão o mesmo caminho. É uma ideia, mas parece que estão esquecendo que ele não decidirá isso sozinho. Será que o legislativo Federal deixará que isso aconteça?
Bolsonaro e Paulo Guedes estão “berrando” o desejo de parte dos demais candidatos da direita que não se sentem à vontade para afirmarem com todas as letras aquilo que pretendem fazer com as empresas estatais. Meirelles e Alckmin devem estar acuados pelo grau de descontentamento popular com o desmonte promovido pelo governo – esse mesmo que estavam apoiando e participando até anteontem. Mas seus assessores e simpatizantes não poupam esforços para sugerir trilha semelhante à de Paulo Guedes. O fato é que Bolsonaro não tem medo de dizer o que pensa, em dizer que com o fim da máquina administrativa, ou seja, a privatização de empresas estatais vai acabar com o cabide de emprego dos desocupados e encostados que recebem de um lado o seus salários e de outro, repassam parte dos mesmos para seus partidos.
Essa é a hora do assunto vir para o centro da cena dos debates, mas o que vemos são jornalistas falando de coisas fúteis sobre todos os candidatos. Veremos quais os candidatos que terão a coragem política de assumir abertamente o ônus de somar tal proposta à já onerosa herança maldita do que ficará depois de Temer e Dilma? Nunca se esqueçam que o PT escolheu o MDB para chegarem ao poder, portanto, PT e MDB são farinha do mesmo saco e depois de uma fala de FHC para que o PSDB se una ao PT para combater Bolsonaro o resultado está aí, Bolsonaro subiu mais nas pesquisas. Tá bom pra vocês…?!