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     Desde a última eleição para deputados federal e estadual, digo, em nosso município e acredito que em outros; existe um movimento contra se votar em forasteiros, pois os mesmos vem aqui ou ali e pedem o seu voto, são eleitos e nunca mais aparecem. É da compreensão de muitos, que muitos eleitores nem sequer lembram em quem votaram nas últimas eleições, tem gente que nem lembra em qual “vereador” votou.

     Toda vez que tive oportunidade e achei que alguém importante iria me ouvir, falei a respeito de INTERNET e do papel impresso. Os políticos em sua maioria, principalmente em nossa cidade, gostam de ostentarem números de visualizações, curtidas e outras coisas plásticas, mas se esqueceram que a maioria do eleitorado, ou seja, as pessoas que eles, os políticos querem alcançar, não tem computador, telefone com acesso a internet e outros apetrechos dessa modernidade que além de tudo custa caro.

     Recentemente fiz um curso na FGV (Fundação Getúlio Vargas), sobre comunicação, e ali, todos eram jornalistas, menos eu. Em um trabalho em grupo mostrei para os meus colegas que são jornalistas a realidade da comunicação em nosso município, Magé.

     Em primeiro plano, estamos em crise. E com a crise as pessoas, digo, os comerciantes não querem ou não podem pagar para colocarem suas propagandas nos “jornais” impressos de nossa cidade.

     Em segundo plano. O prefeito da cidade, logo assim que ganhou a prefeitura, tratou de atrair a “imprensa” local para o seu lado. Sendo assim, em uma cidade que respira política como a nossa, não vemos notícias, nenhuma, por parte de nossa imprensa. As que vemos são sempre favoráveis, quando são, ao governo municipal. Que fique claro. É justo.

     Em terceiro plano. A internet, que é a grande sensação do momento, fez com que alguns que gostam de escrever, ou até mesmo levar a notícia até o seu leitor, migrassem para as redes sociais e FACEBOOK da vida.

     Em quarto e último plano. Até a grande mídia está deixando o papel de lado.

     O papel terá que ter um futuro, porque sem o papel se perderá uma capacidade de tradução dos fatos e das ideias em termos analíticos, ricos de imaginação, algo que não ocorre quando se lê em um computador. A imprensa, como muitos outros setores, está passando por um processo de transformação histórico, devido às novas tecnologias, que agora permitem imprimir objétos em três dimensões, até mesmo uma arma.

     Jovens não costumam ler, apenas olhar rapidamente as notícias na internet, sem maior tempo de reflexão, enquanto a minha geração, por exemplo, cresceu lendo livros, o que, dificulta o futuro dos diários e os leva a dar prioridade ao seu conteúdo na rede.

     Nessa eleição, eu falei com um determinado candidato, que ele deveria atacar os cantos, ou seja, os bairros onde a INTERNET não chega, onde as pessoas provavelmente não tinham um celular com ZAP ou coisa parecida. A informação entrou de um lado e saiu do outro. Agora no frigir dos ovos… está, o político, vendo a falta que está fazendo um informativo ou até mesmo um jornal impresso.

     O amigo que fiz na FGV veio em Magé e viu de perto o que falei em sala de aula, voltou para a mesma com outra visão. 

     Voltando aos forasteiros… é preciso fazer a pergunta. As eleições desse ano são para presidente, senadores, governador, deputados federal e estadual, sendo assim, como estamos no estado do Rio de Janeiro, acredito, que os candidatos que estão vindo garimpar seus votos em terras mageenses, são do nosso estado ou são de São Paulo? Então eles não podem vir a Magé fazer campanha eleitoral e pleitear alguns votinhos…?! Olha a desinformação aí…!

     Voltando a imprensa… voltem com seus jornais impressos, é preciso informar a população que é licito discursar, fazer reuniões, pedir votos, adesivar carros, tremular bandeiras, distribuir santinhos. O que é ilícito, é a compra de votos. E por falar em compra de votos, quanto custa o seu…?!

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