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Em quem você acredita?

 Em “A” ou em “B“, ou seria em “D” de direita ou “E” de esquerda?

 O mundo mudou e nele estamos nós!

 Quando começou a guerra na Ucrânia, eu conversava com um amigo e lhe disse que a Rússia teria potencial de exterminar a Ucrânia, mas que aquela guerra se arrastaria por um bom tempo, pois os próprios ucranianos gostariam de fazer parte da Rússia, mas o DEEP STATE abraçou Zelensky de tal forma que Putin resolveu afrontá-lo, o DEEP STATE, e cozinhar o galo com pouco fogo. Aquela guerra no momento foi para um canto qualquer do mundo das notícias. Zelensky até já reclamou que esqueceram dele e da Ucrânia.

Agora o buraco é mais embaixo! Durante um conflito, uma pandemia e/ou uma crise climática como a que estamos vivendo, informações precisas são uma fonte de segurança emocional, seja ela física e/ou digital.

Não bastasse uma pandemia de proporções gigantescas (será que ela existiu…?!) como a da covid-19, que ainda é uma das doenças que mais mata no mundo, temos de lidar agora com as guerras. E nesse mundo globalizado em que vivemos, não importa se a guerra é entre Rússia e Ucrânia, ou se é entre Israel e a Palestina, elas já estão impactando a todos nós, ela é de cada um de nós. Com isso, a outra grande guerra com a qual nos deparamos cotidianamente, que também é parte constitutiva dessa que estamos vivendo, a da desinformação, galopa “livre, leve e solta”, acordando nossos medos, inseguranças e incertezas. É…, o mundo anda por demais complexo mesmo, e por isso é cada dia mais imperioso tentar decifrá-lo em sua imensa confusão e peculiaridades, ou seremos devorados por ele.

 O ser humano está aparelhado e condenado a fazer teorias (eu acho que, porque…). O caminho do amadurecimento é o caminho de suportar teorias mais incompletas. Quanto mais sofisticado é o seu aparelho de pensar, mais você suporta a dúvida. E porque você suporta a dúvida, torna-se um cientista. A diferença entre a ciência infantil e a ciência adulta, entre a ciência do homem primitivo e a do homem contemporâneo é o quanto de dúvida a sua teoria suporta. Eis aí um dos grandes desafios do homem moderno.

Suportar o não saber quando tem (ou pensa que tem) um mecanismo de busca e pesquisa que vai lhe contar tudo (ou quase) sobre o que deseja saber. O conhecimento a um clique, a sabedoria instantânea. Doce ilusão. A desinformação entrou em cena para nos mostrar que estamos expostos a um sem número de informações falsas, imprecisas, adulteradas, equivocadas, parcialmente corretas ou propositadamente “editadas”. Essa avalanche da “má informação” nos confunde, angustia, deprime, imobiliza e é aí que mora o perigo.

Nos últimos dias ouvi muita gente dizer que estava “desistindo de entender essa guerra, a eterna guerra do ou no Oriente Médio” já que há “uma guerra de narrativas” e as versões são tantas, que se corre o risco de não entender a História com “H” maiúsculo. E por que queremos entender a História? Porque somos parte dela, e a estamos construindo, de um jeito ou de outro, tanto no mundo on como no off-line. “As nações se escrevem pelas histórias que contam. A cada dia, mais histórias são criadas onde todos nós contaremos por gerações, assim como já fazem os palestinos e israelenses. Os soldados da Ilha das Cobras que disseram a um navio de guerra russo ‘fodam-se’. Os civis que tentaram impedir o caminho de tanques russos se plantando na frente deles. É com isso que nações se constroem”, afirmou o historiador Yuval Harari, em um artigo recentemente publicado no jornal The Guardian. Ou seja, os fatos importam, as notícias fazem muita diferença em nosso dia a dia, e tudo o que buscamos nesse momento é entendê-las para não apenas saber quem somos, mas sobretudo para saber o que fazer nesse momento tão conturbado na história da humanidade.

No oriente travam-se duas guerras físicas e territoriais, ou seja, com balas e bombas de verdade, já no ocidente as guerras são travadas através das empresas de notícias, e claro…, nas CPI’s que nos mostraram uma coisa e relataram outra, ou em um tribunal de exceção onde mostram os nossos terroristas com bíblias nas mãos, mas a guerra do oriente, o Médio, nos mostra quem são e como agem os terroristas. Ardilosos e sorrateiros em suas atitudes. Matam, esfolam e vilipendiam os corpos dos inimigos mortos, humilham, estupram, decapitam. Tudo para mostrar força e amedrontar o inimigo. O mais interessante é que o inimigo não tem medo, e sim, quem o tem, é o amigo.

E por que as notícias são tão importantes? Durante uma guerra, uma pandemia e uma crise climática como a que estamos vivendo, informações precisas são uma fonte de segurança emocional, física e digital. Elas são fundamentais para a nossa integridade corporal, a de nossos filhos, das nossas comunidades, para o equilíbrio da nossa saúde mental, para a estabilidade das nossas finanças, instituições, governos e do próprio planeta, e também para a construção das nossas identidades sociais e culturais. Por tudo isso precisamos saber se as informações que estamos acessando são confiáveis. Daí a importância da Educação para Mídias, que pode ser um instrumento poderoso para ajudar as crianças e jovens a desenvolverem modos de ser e pensar que as façam sentir mais confortáveis com a incerteza e assim, percebam que a complexidade das situações a que estão expostas não deve impedi-los de tentar desvendá-lo e de atuarem como cidadãos em busca da resolução dos problemas que estão postos para a sua geração.

Nunca é demais lembrar que não estamos lidando com um fenômeno novo. A desinformação sempre foi uma arma de guerra. Usar informações propositadamente ambíguas ou pouco precisas como fagulhas para iniciar um conflito não é uma tática nova. Há mais de 2.000 anos, o estrategista militar da China antiga Sun Tzu já afiançava que a “guerra indireta” é uma das formas mais eficazes de se combater os inimigos. O inédito é que a desinformação não é mais apenas uma arma da guerra física no corpo a corpo entre países ou coalizões, mas uma peça na engrenagem de uma outra batalha travada no mundo paralelo das redes sociais, que envolve outros componentes de poder e disputas. Nesse sentido, aprender a ler a guerra contida nos memes, nas hashtags, nos posts e vídeos dos tiktokers é exercitar muito mais do que a sobrevivência sustentável e saudável nesse universo informacional e sobretudo, praticar a cidadania digital de maneira participativa e engajada. Como afirma Henry Jenkins, um dos grandes pesquisadores de mídia do nosso tempo “[…] no momento em que tomamos nas mãos o controle das tecnologias de mídias para contar histórias de maneiras poderosas, interagindo com outros participantes na criação e circulação de conteúdos, estamos deixando para trás a cultura do espectador e do consumo passivo.

 Em outras palavras…, quem tem um telefone celular em mãos é um REPÓRTER em potencial!

Para terminar, o que quero dizer com enfática dúvida, com relação ao ataque a um hospital na Palestina, é que do lado de Israel a MÍDIA eletrônica JERUSALÉM POST diz que o general Daniel Hagari expôs na quarta-feira o caso de inteligência completo e abrangente das IDF para provar que um foguete fracassado da Jihad Islâmica causou os danos na noite de terça-feira a um hospital de Gaza , levando a um número ainda pouco claro, mas grande, de mortes de civis palestinos.

O porta-voz apresentou gravações de áudio reais nas quais membros da Jihad Islâmica dizem em voz alta que são responsáveis ​​pela explosão. Hagari também apresentou um vídeo detalhado além de vídeos anteriores divulgados pelo aparato de relações públicas de Israel, mostrando diferentes estágios da trajetória do foguete e o layout do hospital atingido.

Já do lado plestino o THE PALESTINE CRONIC dia que na noite de terça-feira, mísseis israelenses caíram sobre milhares de palestinos que se abrigavam no Hospital Al-Ahli, na cidade de Gaza. Al-Ahli é um dos maiores centros médicos palestinos na Faixa de Gaza. Tal como outros hospitais e clínicas em Gaza, Al-Ahli já estava com falta de combustível, medicamentos e espaço para os milhares de feridos que caíram sob o peso das suas casas, na sequência do bombardeamento israelita. 

  A pergunta a ser feita é a seguinte:Em quem você acredita, no JERUSALÉM POST ou no THE PALESTINE CRONIC? Já sei…, te deixei na merda!

 Acredito que a manchete certa, tanto de um lado quanto de outro seria: MÍSSIL CAI EM HOSPITAL PALESTINO E CAUSA A MORTE DE CENTENAS DE CIVIS. AINDA NÃO SE SABE A ORIGEM DO MÍSSIL.

 Mas…, na intenção de dar o furo de reportagem e ou de agradar seus lados, cada um faz a narrativa que lhe convém! O fato é que um míssil caiu em um hospital e matou inocentes e esse é o preço de uma guerra. 

Agora eu vou fazer uma perguntinha meio desagradável: Voltando no tempo, de quem é a culpa dessa guerra sem data de validade, de ABRAÃO ou de OSWALDO ARANHA?