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Sabe aquela ponte que pode ligar Duque de Caxias a Magé, cruzando o rio Inhomirim encurtando a distância entre os dois municípios e fazendo com que muitos moradores de Magé, Suruí e adjacências não paguem pedágio, desde que a praça de pedágio de Bongaba permanecesse em atividade…?! Pois bem…, a ponte não vai sair!

Vamos entender o caso!

Durante o ano que se passa, 2023, houve uma AUDIÊNCIA PÚBLICA para tratar do assunto na Câmara Municipal de Duque de Caxias. Três amigos mageenses resolveram ir até aquela casa de Leis para saber o que se passaria na tal AUDIÊNCIA PÚBLICA e lá descobriram que o assunto já estava resolvido e que seria feita uma ponte ligando os dois municípios, mas intrigantemente não havia nenhuma autoridade mageense na “reunião” e sendo assim, confirmou-se o que o ex-prefeito de Duque de Caxias que hoje ocupa a secretaria de Transportes do Estado do Rio, sempre disse a respeito de Magé, ou seja, que Magé faz parte de Duque de Caxias.

Em vários podscat feitos pela MÍDIA MAGEENSE, inclusive em um em que o Presidente da Câmara entrevistava convidados e um desses fui eu, perguntei a respeito da ponte e ele me disse que não sabia de nada, mas que em sua visão a ponte seria bem-vinda, não só para o município, como também para o bairro Mauá, coisa que a grande maioria dos moradores daquele bairro refutam, pois acham que com a chegada da ponte pode haver uma explosão de criminalidade, pois o bairro do outro lado do rio, segundo se fala, é um celeiro de delinquentes, que poderiam invadir Mauá.

Sendo assim…, uma ação popular, proposta pelo cidadão mageense JOSÉ ANTÔNIO SEIXAS DA SILVA, conseguiu em caráter liminar a suspensão da obra da referida ponte, onde argumentou que:

A) Declara a nulidade do ato administrativo omisso lesivo ao meio ambiente e a Patrimônio Cultural.

B) Pede a condenação dos réus a se absterem de construir a ponte entre os municípios citados até que obtenham as licenças prévias do IPHAN, INEA e da Secretaria de Meio Ambiente do município de Magé.

Na decisão muito bem detalhada pela Exima. Juíza Federal Substituta Sra. LYSIA HELENA CAVALCANTE DOS SANTOS, diz que o Governo do Estado celebrou o contrato e que as licenças ambientais foram dadas pela prefeitura de Duque de Caxias, que deve ser provavelmente a maior interessada na construção da ponte e que o IPHAN, INEA e a Prefeitura de Magé e sua secretaria de Meio Ambiente, não as deram.

O que nos espanta é o silêncio das autoridades do município de Magé que agem como se nada esteja acontecendo e de maneira a nos fazer pensar que Washington Reis tem poderes de mando e desmando no município vizinho, assim como já dissera em outrora.

Diante dessa inusitada notícia é interessante que se pergunte:

1) Quem é o real interessado na construção da ponte, já que as autoridades mageenses não se manifestam…, seria somente o município de Duque de Caxias e o Governo do Estado…?!

2) Por que as autoridades mageenses se calam diante as indagações relevantes sobre a construção da ponte?

3) Sabendo que a área do lado mageense é de interesse histórico, arqueológico e ambiental, por que o silêncio?

4) Diante a sentença, o que fica evidente é que a obra só continuará se as devidas licenças forem dadas pelos órgãos citados, mas sabendo as autoridades mageenses que a maioria da população de Mauá não quer a ligação entre os municípios, dado ao possível aumento da criminalidade naquela região e aos fatos relatados na sentença, a Prefeitura de Magé dará, através da Secretaria de Meio Ambiente, a tal licença?

Segue abaixo a sentença: