Qual será o meu, o seu, o nosso incentivo sem a devida democracia?
A chamada “preferência temporal” é um conceito que argumenta que, considerando a escassez do tempo, o ser humano vai ter uma preferência por satisfazer as suas necessidades no mais curto espaço de tempo possível. Ah…, mas isso é licito!
Se transferirmos esta ideia para a POLÍTICA, é fácil deduzir que num período de quatro anos a preferência do POLÍTICO é satisfazer as suas necessidades pessoais imediatas e não a prazo. As consequências, nesse caso, para o coletivo não são problemas dos POLÍTICOS, mas deveria ser, ou pelo menos as pessoas deveriam responsabilizá-los, pelos seus sucessos ou pelos seus insucessos. POLÍTICOS e população respectivamente dizendo.
Deste modo, torna-se facilmente identificável que quase nunca há um incentivo positivo, pelo que é extremamente ingênuo acreditar que quem nos governa “age para nosso bem”. Não agem, mas deveriam!
O maior incentivo do POLÍTICO é continuar a satisfazer as necessidades imediatas enquanto for possível, onde podemos concluir que para chegar ao topo num cargo POLÍTICO na esmagadora maioria das vezes é preciso ser imoral. A pessoa que se rege por fortes princípios morais é expurgada pelo próprio sistema. Mas não há sistemas perfeitos, ou há? Mas aprendemos a não pensar nas falhas da DEMOCRACIA. E é importante compreender que também este sistema é falho. Talvez mais do que as amarras sociais já impregnadas na mente nos permitam sequer ousar a pensar. Acredito que a maioria não pensa!
Se a satisfação da necessidade imediata é a motivação, a tendência é a apresentação de propostas populistas e promessas vazias, de modo a alcançar o fim maior de permanência em posição de poder. Já que o poder abre portas à distribuição de privilégios, recursos e benefícios, quem está no topo da cadeia não irá hesitar em gastar o dinheiro dos contribuintes para manter este luxo, e a tendência é que as personalidades mais bem-intencionadas ou nobres se recusem a jogar este jogo.
Enquanto me debruço sobre esta ideia, aqui no meu quintal, em Magé, falha a DEMOCRACIA. Debate-se a legitimidade do governo de quem ganhou as eleições, em pleno sistema democrático. E não podemos negar que não tenha sido, mas sentimos falta do contraditório, não da população em si e sim dos POLÍTICOS que deveriam fazer OPOSIÇÃO e não fazem, acredito que esperando o cometa HARLEY dar uma passada por aqui, o que só veremos em 2060. Enquanto isso…
Nunca a ideia da preferência temporal alta, com todos os seus incentivos distorcidos, se apresentou tão claramente e tão próxima como estamos testemunhando em Magé. Vimos que os candidatos que perderam as eleições desrespeitaram a vontade da maioria, colocando abertamente o sistema democrático em cheque, quando não aproveitam as suas brechas, para ter mais quatro anos de poder, privilégios e recursos.
O candidato do PDT, RICARDO DA KAROL, quer governar Magé com a ajuda de NALIN que é do PSD, é o que dizem, mas aplaudem quem está no poder ou no mínimo se calam, mas não sabemos se quem atualmente está no poder se diverte com a forma como o sistema lhes permite fazer de todos os outros um joguete.
Se as ambições de KAROL e NALIN forem conseguidas, Magé será refém de pessoas que desrespeitaram a lei e de outras que cometeram crimes POLÍTICOS que provavelmente se encostarão neles a fim de terem uma boquinha em um cargo POLÍTICO ou até mesmo um fornecimento? Pode existir uma desagregação do município de forma atabalhoada, caótica e catastrófica. O cenário parece demasiado grave. Não temos OPOSIÇÃO!
Mas isso torna-se muito pouco nas mãos de quem poderia jogar o jogo pelas regras que diz respeitar. Afinal, quem sabe, daqui a quatro anos, não haverá uma porta aberta, que se começou a desenhar durante todo este tempo em Magé. Pois no LEGISLATIVO da cidade o Presidente da Câmara assedia suplentes a sentarem-se na cadeira dos titulares, mesmo que seja por três ou quatro meses e esses suplentes, com a maior cara de pau dizem que aceitam tais circunstâncias por que estariam realizando seus sonhos de serem edis, mesmo que por um pequeno espaço de tempo. No meu entender…, são corrompidos pela vaidade.
Por que haveria o Prefeito e o Presidente da Câmara que se preocuparem com adversários?
As suas necessidades parecem continuar garantidas. Desde que agora eles garantam a continuidade do sistema que os elegeram. E esse sistema hoje se chama Jamile Cozzolino.
Acresce que Magé, como eu sempre disse, desde que a NOVA GERAÇÃO ZZ chegou ao poder, é uma monarquia constitucional. Mas só porque a OPOSIÇÃO não se posiciona como tal.
Num sistema monárquico, o Rei sabe, em nosso caso o Príncipe, que permanece de forma vitalícia e que terá de viver com as consequências do que se passar. O foco não está nas suas necessidades imediatas, já que ainda não tem filhos, pois acabara de se casar, mas sabe ele que a NOVA GERAÇÃO ZZ terá que viver também com as consequências do que advir. No fundo, o município de Magé é a sua casa, e de forma simplista, ao que parece, virou sua propriedade privada.
Como em qualquer propriedade privada, sabemos que se fizermos uma escolha pobre nas nossas decisões, é uma questão de tempo até termos problemas.
O Príncipe não quer assinar a anistia dos inimigos da sua casa. Sabe as consequências, mas nada pode fazer. O caminho é pela satisfação pessoal dos desejos imediatos. Não só para ele, mas também para a plebe. Festas suntuosas de aniversário; a vinda de Papai Noel; o tombamento de Pau Grande em patrimônio imaterial e cultural do estado do Rio de Janeiro; as praças; o banho de asfalto em determinados bairros; e o silêncio dos inocentes opositores, que poderiam falar sobre o FAROESTE CABOCLO em Mauá; o caos no transporte público na cidade; a Saúde que não funciona, apesar de uma empresa privada disfarçada de O.S. que é investigada por fraudes na Saúde de vários municípios levar boa parte do nosso dinheiro; o não repasse do aumento da enfermagem; a perda de ROYALT’s de PETRÓLEO na Justiça; a chegada da ÁGUAS DO RIO que está fazendo o munícipe pagar caro pela água que consome; o LIXÃO que receberá LIXO de outras cidades; o recrutamento do RECRUTA ZERO para o Meio Ambiente; o crescimento do tráfico de drogas no entorno da praça da prefeitura no centro da cidade; a máfia dos cemitérios, onde você tem que pagar caro para enterrar um ente querido ou se ajoelhar aos pés de um vereador para que possa enterrá-lo em qualquer um dos sucateados cemitérios da cidade; e não podemos nos esquecer da nota de repúdio dos vereadores fizeram contra o aborto e um desses novos edis, discursou em favor desta aberração e ainda se disse cristão, onde estão os contrários que não fizeram sequer uma nota de repúdio contra o vereador militonto? Quietos, acuados, assim como nossos supostos opositores. E para terminar…, o famigerado PEDÁGIO que saiu de Magé e foi para Magé, isso mesmo saiu de Bongaba e foi para Jororó, e teve vereador que deu graças a Deus. Tá de sacanagem que você que está me lendo ainda vai votar em umas “coisas” dessas?!
A DEMOCRACIA falha em Magé, em nome do oportunismo. Mas ainda está em tempo da OPOSIÇÃO ACORDAR, mesmo se for só para cuspir!